quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Realismo-Naturalismo no Brasil

O período realista-naturalista foi o primeiro em nossa literatura a apresentar um panorama completo de vida literária, com todos os gêneros florescendo , com os numerosos jornais sendo relativamente lidos. A literatura passa a ser aceita pelos setores instruídos das classes dominates e das camadas médias. De elemento marginal que era,o escritor foi-se tornando aceito, considerado parte integrante da vida social. Esse processo é simbolizado pela fundação da Academia Brasileira de letras (1897), que veio, de certo modo, a oficializar a literatura. A importância desse período é completada pelo relevo adquirido pela oratória civíl, os estudos históricos, a gramática, a crítica literária etc.
A figura mais expressiva da corrente realista foi Machado de Assis, pela excelência da obra, pela contribuição pessoal que acrescentou aos postulados realistas, determinando um salto qualitativo que marca a maturação das nossas letras. Realista não-ortodoxo, avesso a todos os modismos, Machado inaugura procedimentos literários, cujos desdobramentos ainda hoje se podem perceber.
A vertente naturalista, capitaneada por Aluísio Azevedo, tem como representantes típicos, além dele, Inglês de Souza, Júlio Ribeiro, Domingos Olímpio, Adolfo Caminha, Manuel de Oliveira Paiva. Quanto a Raul Pompéia, veremos a seu tempo que sua classificação como naturalista é problemática.
No Brasil, ao contrário do que ocorreu na Europa, o Realismo e o Naturalismo desenvolvem-se simultâneamente e não sucessivamente, batizados por estes limites cronológicos:

Início: 1881 - Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, funda o Realismo e, no mesmo ano, O Mulato,  de Aloísio Azevedo, funda o Naturalismo


Término: 1893- Início do Simbolismo, com o aparecimento de Missal e Broquéis, obras de Cruz e Souza

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