O Realismo, e o Naturalismo são as corrrentes artísticas mais expressivas da segunda metade do século XX. Refletem, no plano artístico, a consolidação da burguesia e seu fortalecimento, enquanto classe detentora do poder, em função do triunfo definitivo do Capital Industrial sobre o capital de comércio e da implementação do capitalismo avançado e sua expansão às áreas periféricas do sistema mundial, América, África e Ásia.
O ímpeto revolucionário e contestório de período romântico, a exaltação da liberdade individual, da rebeldia, são substituídos por novas palavras de ordem: a ciência, o progresso, a razão, que interessam à classe dominante, no sentido da estabilização de suas conquistas, de preservação da ordem, de maximinização da produção industrial. O lema da bandeira brasileira, "Ordem e Progresso", extraído de Augusto Comte, sintetiza a proposta do Positivismo, uma das vertentes do pensamento da época.
O apogeu da Revolução Industrial, o avanço científico e tecnológico maracaram profundas transformações na vida, na arte e no pensamento. A situação das massas trabalhadoras nas cidades industriais, a explosão urbana, a eletricidade, o telégrafo sem fios, a locomotiva a vapor criaram uma nova forma de vida, antecipadora da civilização industrial do nosso tempo.
O vagão de Terceira Classe- J. B. Daumier(1808-1879)
O quadro em primeiro plano, a pendúria; no plano posterior, de costas para o sofrimento, os que viajam em outra classe.As diferenças sociais foram um tema frenquente nas obras realistas e naturalistas
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